Nota sobre a ocultação das macróbias ciências


Ao nobre professor Astromar, que me revelou o oculto e,

adversamente, o empírico sentido do ato de educar.


É de senso comum e democraticamente popularizada a opção automática e inequívoca pelo moderno. Tal fato, cuja obviedade aniquila e ridiculariza a necessidade de comprovação, resulta, entre tantas outras consequências empíricas, na ocultação, na metamorfose em vitupério ou até mesmo no absoluto olvidamento das antigas ciências.

Quem, em moderna consciência, emprestaria seus ouvidos com mais ênfase à Alquimia do que à Química ou à Psicologia do que à Neurociência?

Contudo - e é no contudo que resiste o Ser -, sob o risco de violação das mais fundamentais leis da lógica, não há como se afirmar, com certeira e óbvia certeza, que o hodierno e corrente deva sempre superar ou renegar, como se fosse esta uma lei cósmica, o avelhantado e matusalênico.

Almejando a poupança de nossa rarefeita energia vital - mais uma característica corriqueira da moderna era -, dar-nos-emos o direito de expressar apenas um exemplo da supracitada afirmação sobre a ocultação e o olvidamento das ancestrais ciências em nome de novas matérias. No caso deste nosso exemplo, trata-se de uma matéria que, ainda que reconhecida por um novo substantivo, propõe-se alcançar os mesmos objetivos e a mesma sapiência daquela já consagrada e depurada pelos séculos. Dado tal estapafúrdio e disparatado fato, não conseguimos lograr êxito em compreender o motivo pelo qual se criou a Antropologia dada a existência pregressa da Demonologia.


Post scriptum: após a escrita da nota acima apresentada, tomamos contato com as ideias do pensador Ernest Pinkerwood (1847 - 1933), que julga serem todas as disciplinas que tratam da mente humana e de suas respectivas ações - Psicologia, História, Antropologia, Política e Sociologia, por exemplo - sub-disciplinas da Demonologia, da mesma forma como são a Metafísica, a Ética ou a Lógica para a Filosofia. Tendemos a abraçar tal cosmovisão.

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