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Mostrando postagens de novembro 5, 2020

Razão contemporânea: fronteiras e meandros (2020)

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  Razão contemporânea: fronteiras e meandros Os contemporâneos criticam os limites da razão. Os contemporâneos alardeiam a existência de mais de um tipo de razão. Sobre isso, possuem razão: há que se apontar limites e, portanto, fronteiras.        Por isso, contudo, rejeitam a razão. Extinguem-na como se fosse uma força opressora. Apagam as fronteiras, danificando o contorno dos meandros por elas contidos.        Como opção, os contemporâneos possibilitam que o irracional não tenha limites e que a diversidade da irracionalidade seja louvada. Exaltam a irracionalidade como uma força libertadora e nela aprisionam-se.  

A moralidade entre fronteiras e meandros

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  A moralidade entre fronteiras e meandros Bradam alguns em nome do “tudo vale", em nome da ausência de limites morais, em nome da total ausência de verdades. Puro relativismo.   Bradam outros em nome do mais estrito moralismo, do mais raso legalismo, em defesa de códigos pretensamente morais inquestionáveis e imutáveis. Puro absolutismo.   A redução da variedade existencial humana ao tombo entre o puro absolutismo ou o puro relativismo revela a dificuldade humana de impor fronteiras onde são necessárias e saber, igualmente, navegar pelos meandros por elas contidos.

Esquerda e direita: alguns meandros

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  Alardeiam que a sociedade anda extremamente dividida entre esquerda e direita. Fato. Seus titereiros andam à solta e excitados.   Tal diversidade de leitura de mundo não é de geometria ou orientação espacial. Trata-se da luta entre individualismo e coletivismo.   Individualismo e coletivismo são dois aspectos da mesma irracionalidade: o esvaziamento das existências reais: aqueles que veem indivíduos flanando no vácuo e aqueles que veem massas formadas por vácuo.   Coletivos saudáveis são formados por indivíduos saudáveis. Não há um limite nítido entre eles. O mundo dá-se nos meandros.   Aprender a navegar pelos meandros demanda razoabilidade e prudência. Razão e prudência cortam as cortas e desempoderam titereiros.