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Mostrando postagens de fevereiro 25, 2014

Olim Lacus Colueram

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Há algumas composições eruditas que alcançaram conhecimento popular, mesmo que boa parte das pessoas desconheça qualquer informação sobre tais obras, como autor, período ou intenções. Exemplos são a Primavera de Vivaldi, a Marcha Fúnebre de Chopin e a Marcha Nupcial de Felix Mendelssohn. Outra música que atingiu esse patamar é O Fortuna de Carl Orff (1895-1984), tantas vezes reproduzida em momentos em que se tenta criar um clima de mistério em programas de televisão e até mesmo em propaganda de biscoito. É uma pena que o conteúdo de sua letra, uma reflexão sobre a impermanência da sorte, não é também tão conhecido. “O Fortuna” integra a cantata cênica Carmina Burana (1936), obra composta por Orff a partir de alguns cantos anônimos medievais escritos por cultos clérigos que, além de talvez comporem hinos sacros, vagavam compondo canções que, muitas vezes, destilavam veneno e sátiras às hipocrisias da sociedade, à própria Igreja e exaltavam os prazeres do amor, da mesa e dos jogos. “ Boa