Postagens

Mostrando postagens de novembro 25, 2011

Por que não sou verde?

Imagem
  Poucas coisas me parecem mais estranhas ao respeito que almejo em relação à natureza (esta ideia complicada) do que a defesa do verde. O que se esconde por trás desta aparente beleza verdejante, desta onda verde, desta obrigação de verdejar a alma propagandeada pelo ambientalismo antropocêntrico que se encontra como alicerce de grandes ONGs, encontros, congressos e grupos famintos por verbas para oficinas de educação ambiental? Por que “o verde”? Basta uma mínima olhadela com alguma atenção para o mundo e sua pluralidade de cores e seres para estranhar os discursos verdes. Verde, nestes discursos, é meio ambiente, esta estranha abstração homogênea, tão irreal que pretensamente controlável, apta para nossa tutoria. Uma mancha verde no nada, quase uma pintura abstrata. Verde, certamente, não é o molusco, a ave defecando sobre nossas cabeças, o inseto que ousa zumbir em nossos ouvidos, muito menos a vaca no matadouro, a galinha na gaiola ou o rato na gaveta de um laboratório. O mundo nã