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Mostrando postagens de novembro 25, 2013

O animal e a lâmina (crônica)

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Dia desses, utilizando uma famosa camiseta de ativismo vegano defronte ao espelho, após anos de prática vegana, percebi pela primeira vez que o reverso da palavra animal é lâmina. Lâmina! (O acento foi colocado pela minha imaginação. Mas o que é um acento numa hora dessas?). Uma bomba matinal para um vegano metido a escritor. Deveria eu levar mais a sério os colegas dialéticos, para os quais o oposto de algo já está no algo, o aniquilando na geração de outro algo? Não sei... a lâmina está no animal, mas, normalmente, de início está apenas em um animal, que a faz, então, estar nos demais. É dialética quando a negação parte de um corpo diverso ao corpo que sofre a ação, mesmo que todos sejam, em realidade, partes de um mesmo todo - animais? Também não sei e, sabiamente, decidi não prosseguir tal elucubração. Algo mais profundo chamou-me: a imagem da lâmina, aniquiladora do animal, estar no próprio animal, o contrariando, lá, no íntimo de seu substantivo, arrebatou-me instantaneamente.  O