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Mostrando postagens de julho 11, 2013

O Zen e a arte de enganar crianças (Crônica, 2013)

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- Fui até meu professor com nada e voltei com nada. - Por que se dar ao trabalho de ir ter com o professor, então? - De que outra forma eu saberia que fui com nada e voltei com nada? Conversa entre dois antigos mestres Zen Apresento uma experiência real: um modo de enganar crianças ao mesmo tempo em que as presenteia com algo nobre. Em suma, um texto sobre educação. Certa vez fui a uma festa infantil. Sem pensar muito, fui sem presente. Esqueci-me desse pequeno acordo social. Eis que a criança, coitada, ao me cumprimentar, manifestou seu pedido (nessa idade ainda temos a honra de ir direto ao ponto). De improviso, me resolvi... Estendi uma de minhas mãos fechada e disse: - Seu presente está dentro desta mão. Bata nela para abrir. A criança, claro, apesar de um pouco desapontada com o tamanho do presente, meio desconfiada, meio ansiosa, bateu. Abri a mão e, aí estava... o vazio! A criança me olhou com olhar perdido e emendei: - Isto aqui é um presente valiosíssimo: o vazio. Se você apre